Entenda a importância das mudanças que estão em curso e veja 7 passos necessários para sua empresa trilhar o caminho da diversidade e inclusão.
A diversidade e inclusão estão se transformando em pilares fundamentais na grande maioria das empresas.
Prova disso é que, nas redes sociais e principais canais de comunicação, é cada vez mais comum vermos este assunto em pauta.
Mas além disso, o tema diversidade e inclusão também está na pauta das organizações.
Em muitas delas, com programas já implantados e com aprimoramento contínuo.
Em outras, na mesa do CEO para tomada de decisão e início da execução.
De uma forma ou de outra, a verdade é que neste novo mercado de trabalho – impactado pela entrada das novas gerações -, é essencial a promoção de um ambiente seguro, acolhedor e respeitoso para todos os colaboradores.
Por isso neste artigo você vai entender como os líderes podem trilhar esse caminho tão importante.
A importância da promoção de diversidade e inclusão
Não é questão apenas de se cumprir a legislação, cotas ou outros indicadores.
A diversidade e inclusão significam um crescimento que vai muito além da cultura organizacional.
Isso porque diferentes pensamentos, culturas, etnias, opiniões e habilidades permitem que a empresa se torne mais plural, mais democrática, além de trazer outros benefícios, como…
- Valor para a marca
- Impulso à inovação,
- Sustentabilidade,
- Diferencial competitivo,
- Destaque perante a concorrência,
- Equipes mais engajadas e criativas,
- Orgulho de pertencer e o sentimento de inclusão real, entre outros.
Mas para começarmos a trilhar esse caminho, precisamos primeiro entender certos conceitos e cenários.
Afinal boas intenções não bastam, é um dos pontos básicos é entender que existe uma grande diferença entre diversidade e inclusão.
Talvez a sua empresa seja extremamente receptiva a qualquer perfil, mas será que ela consegue garantir um ambiente inclusivo onde o transgênero possa se sentir realmente confortável e seguro?
Equidade não é igualdade
Neste ponto, é preciso ter muito cuidado com o conceito de meritocracia. Entender que nem todos começam do mesmo ponto de partida.
Tratar todos iguais pode parecer muito bonito, mas apenas isto, desconsidera os diferentes pontos de partida de cada indivíduo, seja pela orientação, etnia, classe social ou necessidades especiais.
Por isso, entender que equidade não é igualdade é fundamental para construção de qualquer programa de diversidade.
- Neste ponto, a criação de um comitê que garanta a aplicação, monitoração e evolução das políticas de diversidade e inclusão por meio de seus representantes é uma ótima pedida.
Inclusão LGBTI+
A verdade é que quando o assunto é mercado de trabalho, para todos os grupos de diversidade, há muitos desafios e barreiras para serem quebradas
Segundo levantamento do projeto ‘Demitindo Preconceitos’, em 14 estados do Brasil, 38% das empresas apresentam restrições para a contratação de LGBTI+.
Por isso, as marcas hoje devem ter esse dever social não apenas como uma estratégia empresarial, mas também refletir de forma mais profunda de como pode adequar a Comunicação Empresarial para esta realidade.
Neste contexto, é fundamental que as estratégias aplicadas pela empresa atuem em conjunto com os ideais de diversidade e inclusão para todos os colaboradores.
Outro ponto essencial é que as ações voltadas para práticas de respeito à diversidade e à inclusão social aconteçam a partir de uma mudança interna de valores.
Em outras palavras, as empresas devem se posicionar como agentes de transformação na sociedade, para acabar com os estereótipos e preconceitos arraigados.
Racismo Estrutural
Neste artigo não podemos deixar de mencionar também o racismo estrutural, tão presente no Brasil.
Ao mencionar a existência e a reprodução do racismo estrutural reconhecemos que há uma discriminação sistemática que favorece brancos e desfavorece negros e indígenas, por exemplo.
Um cenário (lamentável) que foi construído não apenas pelo costume como também por leis vigentes através dos séculos que não foram revistas ou repaginadas.
Quer um exemplo real deste tema?
Se você, que está lendo este artigo agora, é uma pessoa branca, responda o seguinte:
Quantas pessoas negras estudaram com você na faculdade?
Ou ainda: no trabalho, quantas pessoas negras ocupam cargos de liderança?
Pois é, o cenário ainda não é tão igualitário, mas a boa notícia é que podemos acelerar essa evolução trilhando o caminho certo.
A presença da mulher no mercado de trabalho
Os dados mostram que, desde o início da pandemia, 8,5 milhões de mulheres tinham deixado a força de trabalho no terceiro trimestre de 2020:
- 36% delas são mães que deixaram de procurar emprego durante a crise.
Mais do que números, esses dados representam uma realidade concreta, na qual as mulheres foram as mais afetadas na pandemia.
Segundo o Fórum Econômico Mundial, em seu relatório pré-pandemia, vai levar 136 anos até que se atinja a equidade de gêneros no mercado de trabalho.
Por isso também é essencial que as mulheres tenham um envolvimento maior, e para além do discurso, quando o assunto é diversidade e inclusão.
Há mudanças reais em curso?
Uma das hipóteses para explicar o porquê dos índices de diversidade e inclusão, estarem melhorando pouco a pouco cada ano, pode estar na existência de muitos “eternos aprendizes” ocupando cargos de liderança.
Antes de entrar nessas definições, vamos continuar analisando o cenário atual.
- A porcentagem de mulheres no mercado corporativo é a mesma de 30 anos atrás.
- A porcentagem dos cargos executivos ocupados por pessoas negras nas 500 maiores empresas do Brasil é de 5%, com um espaço ainda menor para as mulheres negras.
A transformação tem mais chance de acontecer com lideranças mais diversas.
E assim, com ações de gestão e campanhas mais inclusivas, podemos vislumbrar mudanças reais no mercado.
Personagens do mundo corporativo
A discussão aqui é sobre transformar lideranças importantes em um perfil que ajude no aumento da diversidade e inclusão nas empresas.
Para isso, precisamos transformar cada vez mais “eternos aprendizes” em “transformadores”.
Não entendeu? Veja a seguir o que eu estou falando
- O Transformador
- Comprometido com a aceleração da mudança
- Vai além do discurso
- Procura criar políticas e metas para acelerar a contratação, retenção e promoção de grupos minorizados na empresa
- Eterno aprendiz
- Entende a importância da diversidade, mas comete gafes
- Acredita que pessoas de grupos minorizados deveriam ser seus professores
- Elogiam sempre que podem
- O insentão
- Indiferente sobre a questão de diversidade e inclusão
Precisamos entender que, quando se entra em contato com as reais dores e dificuldades dos grupos minorizados, é muito difícil ficar indiferente.
Então se você quer ser um “transformador”, comece “dando um Google”
O primeiro passo é individual.
Portanto, descubra antes de tudo por que o racismo, o machismo e a ideologia de gênero são problemas estruturais na nossa sociedade.
Saiba que é preciso mudar o jeito como aprendemos e também a forma como educamos nossos filhos.
Lembre-se de que não é papel das mulheres, dos negros ou LGBTQIA+ explicar para você por que é difícil pertencer a esses grupos.